sábado, 29 de agosto de 2009

Gaspar - SC - Brasil




A colonização da região onde hoje é o município de Gaspar iniciou-se com a chegada dos indios Xoclengues e Caingangues que buscavam um local seguro dos caçadores de índios, os chamados bugreiros. Esses índios foram exterminados durante os séculos XVII e XIX.
Durante esse período houve também a chegada dos novos colonizadores, os quais se instalaram na Região do Médio Vale do Itajaí, onde havia temor constante pelos ataques dos silvícolas. Existem registros de autores da época como Augusto Zitlow que confirmaram o financiamento por intermédio dos colonos das ditas caçadas de indígenas pelos bugreiros.
Os Vicentistas, homens oriundos da Capitania de São Vicente, que aportaram ás margens do Rio Itajaí em busca de ouro, índios e riquezas, quem os sucederam foram os açorianos. Segundo relatos, em torno de 4 mil açorianos aportaram no litoral catarinense com intuito de efetivar a posse da Coroa Portuguesa dessas terras que eram cobiçadas pelos espanhóis.
Com a chegada dos europeus a Gaspar, começava a se formar a base econômica e populacional da cidade. A colonização italiana, muito forte na cultura da cidade, foi propiciada pelo fato de que a Itália estava saturada de mão de obra e mesmo a Áustria, Suíça e Alemanha que sempre acolheram a mão de obra ociosa daquele país, estavam se tornando também saturadas. A solução então foi imigrar para Santa Catarina, a qual já era o destino de milhares de italianos.
Os “negreiros” que eram os agentes de imigração, vendiam uma imagem falsa do que era a América na Europa, sendo que a verdade era não só omitida, como também era deturpada. A vida nas colônias no Sul do Brasil era árdua e sofrida. Os italianos acharam a terra muito estranha e diferente de sua própria terra.
Com a chegada dos imigrantes alemães, tiroleses, poloneses e russos, iniciou-se de maneira ampla o cultivo também do feijão, milho, aipim, taiá, batata, abóbora, verduras e amendoim.
Anos mais tarde, em 1880, segundo conta a história, as freguesias de São Paulo Apóstolo de Blumenau e São Pedro Apóstolo de Gaspar (pertencentes até então ao município de Itajaí) passaram a formar um município, chamado Blumenau. Nessa data, o número de habitantes do então município, com 11 mil quilômetros quadrados, era de 16.308 pessoas. Havia três mil residências, 255 engenhos de açúcar, 152 engenhos de farinha de mandioca, seis descascadores de arroz, 29 moinhos de fubá, fábricas de louças de barro, tecidos, serrarias, olarias, cervejarias, vinho e vinagre, padarias, açougues, entre outros.
Durante os 54 anos que seguiram, Gaspar foi distrito de Blumenau e pagava tributos para Blumenau, esta devolvia os tributos na forma de serviços para a comunidade. Porém, segundo relatos da época, os serviços eram de má qualidade e deveras precário.
Em 1870 já havia sido estabelecido alguns lotes urbanos na área que hoje é conhecida como o centro do município. O comércio começou a impulsionar o crescimento do distrito, porém apenas em 18 de março de 1934 o município tornou emancipado e seu primeiro prefeito foi Leopoldo Schramm.

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