segunda-feira, 31 de agosto de 2009

São Ludgero - SC - Brasil

Artesanato

Indústria


Igreja Matriz

Os primeiros colonos vieram em 1870, famílias procedentes da região alemã da WESTPHALIA, que tem como padroeiro São Ludgero, homenageado com a criação deste município catarinense localizado no Sul do Estado. As dificuldades que tiveram no início para a derrubada da mata, afim de ocuparem a área com roças, fizeram com que os pioneiros perdessem contato com sua cultura de origem e hoje o destaque desta herança germânica sobrevive na religiosidade do povo e nas famílias que ainda preservam a língua alemã. O ano de 1900 marca um passo importante da vida do município. A fundação do modelar Colégio São Ludgero, idealizado pelo Monsenhor Tombrock, onde estudaram inclusive homens públicos ilustres. A emancipação política do município não foi pacífica. Para que São Ludgero pudesse obter a sua independência política, foi necessário a astúcia de seus políticos e moradores, objetivando a anexação de um pedaço de terra da vizinha Orleans. De fato, o pedaço de terra que fez surgir o município foi desligado de Braço do Norte, mas com uma área considerada pequena. Orleans não abria mão de parte de seu território, e aí entrou a esperteza dos alemães. Eles forçaram a emancipação de outro município ao mesmo tempo que nascia São Ludgero, denominado Colônia, que abrangia a terra cobiçada, uma extensão que vai desde a Barra do Norte até o Rio Cachorrinhos. Emancipado os dois municípios, em seguida aconteceu a fusão deles num só. A emancipação ocorreu pela Lei nº 829 de 12 de junho de 1962, com sua instalação acontecendo em 15 de julho do mesmo ano.

Jacinto Machado - SC - Brasil






Todo o território de Jacinto Machado pertencia antigamente a quatro latifundiários: os gaúchos João da Silva Córdova e Antônio Bernardo Boeira, o catarinense Martinho Ghizzo e o alemão João Hebbe, que morava em Araranguá. A distância entre o local onde moravam os proprietários e suas terras levou alguns imigrantes italianos a tomarem posse da área, entre 1921 e 1931, liderados por João Eugênio Tuon. Ao saber da invasão, Martinho Ghizzo contratou um capanga para expulsá-los. A luta foi violenta, resultando na morte de uma menina e do próprio capanga. Ghizzo contratou outro sujeito para realizar a tarefa, mas os posseiros não entregaram os pontos: acabaram com o novo capanga e ainda expulsaram Ghizzo da região. Os imigrantes italianos desenvolveram a agricultura, com destaque para o cultivo da banana, responsável durante muito tempo por 60% da receita do município. O nome da cidade, batizada inicialmente de Volta Grande, é uma homenagem ao brigadeiro Jacinto Machado Bittencourt, que lutou na Guerra do Paraguai.

Ituporanga - SC - Brasil

Capital Nacional da Cebola

Vista aérea

Os antigos mapas da província de Santa Catarina indicavam a zona do Rio Itajaí do Sul como um lugar desconhecido e com aldeias de índios nativos e que, na época, ainda não tinham tido contato com a civilização.
Em 1853, o governo imperial determinou a criação da Colônia Militar de Santa Tereza, localizada onde hoje se situa o Distrito de Catuíra, às margens do Rio Itajaí do Sul. Nesta colônia, contratavam-se soldados e colonos, com objetivo de defenderem tropas e viajantes, que seguiam em direção aos campos de Lages.
Nos últimos meses do ano de 1890, o Governo Provisório da República havia feito contratos com o Coronel Carlos Napoleão Poeta, o Coronel Gustavo Richard e o Coronel Emílio Brum, para fundarem neste Estado, núcleos agrícolas e fixarem lugares para colonos emigrantes. Os referidos concessionários transferiram os seus contratos para a Companhia de Colonização e Indústria de Santa Catarina que tinha à sua frente o Coronel Carlos Napoleão Poeta, como diretor liquidante.
Essa empresa começou a intensificar o seu serviço de colonização em 1902, fazendo medições de lotes e abrindo estradas em suas terras.
Em 1908, o Coronel Carlos Napoleão Poeta contratou com o Governo do Estado a construção de uma estrada carroçável entre Barracão (atual Alfredo Wagner) e a barra do Rio do Oeste (hoje Rio do Sul). A estrada seguia a sinuosidade do Rio Itajaí Sul, desbravando-o, para ali admitir a localização de agricultores e fazer as bases para as futuras povoações.
A empreitada não foi das mais fáceis. Lutando contra muitos obstáculos, entre eles o perigo das matas e o ataque de índios que habitavam a região, a finalidade do bandeirante catarinense foi conseguida dentro de regular espaço de tempo.

domingo, 30 de agosto de 2009

Imbituba - SC - Brasil

Baleia Franca




Imbituba foi povoada em 1715 pelos açorianos.
A Armação para a pesca da baleia foi fundada em 1796 e extinta em 1829. Imbituba passou a chamar-se "Armação de Imbituba".
O primeiro trapiche do Porto de Imbituba foi construído em 1870, sendo que em 1912 chegou a Imbituba Henrique Lage.
O Município foi criado pela Lei nº 1451, de 30 de agosto de 1923, e instalado em 1 de janeiro de 1924. O primeiro prefeito de Imbituba foi o engenheiro Álvaro Monteiro de Barros Catão, tendo Úgero Pittigliani como vice-prefeito.
Em 6 de outubro de 1930, pelo Decreto nº 1 do Governador Provisório do Sul do Estado, coronel Fontoura Borges do Amaral, Imbituba teve suprimida sua autonomia como município.
Em outubro de 1949 a Assembléia Legislativa do Estado mudou o nome "Imbituba" para "Henrique Lage", sendo que em 6 de outubro de 1959, através de Projeto de Lei de autoria do então Deputado Ruy Hülse, que transformou-se na Lei nº 446/59, "Henrique Lage" passou a denominar-se novamente "Imbituba".
Em 21 de junho de 1958, pela Lei Estadual nº 348/58, ocorreu a segunda emancipação de Imbituba, então denominada Henrique Lage. O município foi instalado em 5 de agosto de 1958, tendo como Prefeito Provisório o sr. Walter Amadei Silva.
Recentemente está sendo desenvolvido o trabalho de revitalização do importante Porto de Imbituba, pela empresa Royal, que adquiriu dos antigos controladores o controle da Companhia Docas de Imbituba S/A, responsável pela concessão. Um forte trabalho vem sendo desenvolvido, incluindo a participação de empresas como Libra Terminais e Votorantim, sendo que em conjunto ocorre a revitalização da antiga ferrovia Thereza Cristina, que interliga o porto pela via ferroviária.

Luzerna - SC - Brasil

Seminário Franciscano São João Batista

Portal


Avenida na cidade


Até o início deste século, o Estado de Santa Catarina terminava à margem esquerda do Rio do Peixe. Toda a região a partir da margem direita do Rio do Peixe até o Uruguai e Peperi-Guaçu era a terra contestada.
A Argentina vinha requerindo, desde o ano de 1881, a área em questão, baseando-se no Tratado de Tordesilhas e nas Missões Jesuíticas. Entretanto, vestígios deixados pelos bandeirantes paulistas que haviam explorado boa parte da região permitiram ao Barão de Rio Branco apresentar argumentos que convenceram o árbitro da questão, o presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland, a decidir a Questão das Missões, como ficou conhecido o fato, a favor do Brasil. A área era de 30.600 Km2. Foi no ano de 1895.
A partir de então, tanto o Paraná como Santa Catarina pretendiam a soberania na área. A campanha do Contestado estendeu-se de 1912 a 1916, envolvendo o sertanejo local que queria um pedaço de terra. Esta situação só ficou resolvida em 1916, quando o Presidente Wenceslau Brás proferiu o laudo decisivo, dando ganho de causa a Santa Catarina.
Luzerna começou a formar-se antes da integração da região do Contestado ao Estado de Santa Catarina e efetivou-se com a criação do município de Cruzeiro, hoje Joaçaba, em 25 de agosto de 1917, do qual Luzerna era parte integrante. Luzerna não teve envolvimento direto na questão do Contestado, que se resolveu com a intervenção do Exército Nacional e, conseqüentemente, o extermínio dos sertanejos.
Com a conclusão da Estrada de Ferro em 1910, deu-se início à colonização do Vale do Rio do Peixe, facilitando a imigração de colonos, principalmente do Rio Grande do Sul.
O Fundador de Luzerna foi o engenheiro eletrotécnico alemão Henrique Hacker, casado com Sophia Hacker. Viajando de trem impressionou-se com a exuberância do Vale do Rio do Peixe, e em 1915 decidiu iniciar uma colonização particular. Adquiriu uma área de terras de 40.000 ha. de Adelino Sassi, e parte da Fazenda São Pedro. Com Augusto Scherer constitui a Sociedade Sul Brasileira Henrique Hacker & Companhia, ainda no ano de 1915. Dividiu a área em lotes de 24,2 ha (igual a 10 alqueires ou uma colônia) em número de 900 para serem negociados. Pretendia estabelecer uma colonização tipicamente germânica.

Ponte Serrada - SC - Brasil


Prédio do Forum
O município de Ponte Serrada teve o seu inicio em 1917, pela colonização de antigos moradores a maioria descendentes de Italianos que vieram do Estado do Rio Grande do Sul, atraídos pelas riquezas naturais, entre elas o Pinheiro Araucária, a imbuia, a canela , e outras, bem como a erva-mate.
Os tropeiros que passavam por esta região em caravanas, juntamente com os colonos que residiam nela, decidiram construir uma ponte, que foi feita de madeira serrada a mão, quanto que, até então, todas eram feitas de tábuas e vigas lascadas, assim originando o nome do município, antes conhecido como Pouso dos Tropeiros.
Em 1924, instalou-se a empresa colonizadora Ângelo de Carli e Irmãos, começando então a chegar os colonizadores iniciando assim o desenvolvimento da comunidade.
Pelo decreto-lei nº 238 de dezembro de 1938, foi criado o distrito pertencente ao município de cruzeiro, sendo seu 1º intendente o senhor Julio Coletti, seguindo-se pelo senhor Juvino Santana Branco.
O município de Ponte Serrada foi criado pela lei nº 348/58 em 21 de junho de 1958 e instalado no dia 27 de julho de 1958. A comarca foi instalada com jurisdição sobre os municípios de Ponte Serrada, Vargeão e Irani. Posteriormente Irani transferiu-se para a comarca de Concórdia e com a criação do município de Passos Maia, hoje a comarca é formada pelos municípios de Ponte Serrada, Vargeão, e Passos Maia.
O município está situado no corredor do Mercosul, na Rota do Chimarrão, proporciona aos turistas vindos do Rio Grande do Sul, Litoral, Extremo Oeste do Estado, Argentina e Paraguai, uma estrutura gastronômica muito boa, além de suas belezas naturais como matas, pinheirais, inúmeras cachoeiras e trilhas ecológicas, destacando-se uma cachoeira com 74 metros de altura, considerada a de maior altitude da região.
A etnia predominante é de Italianos.

Rio Negrinho - SC - Brasil


Centro Administrativo

Maria Fumaça

Rio Negrinho, como todas as cidades do Planalto Norte Catarinense, recebeu seus primeiros colonizadores a partir de 1858, com o início da construção da Estrada Dona Francisca, inaugurada em 1880. Povoada por alemães, portugueses, poloneses e italianos, desenvolveu-se efetivamente a partir de 1913, com a inauguração da estação ferroviária e da estrada-de-ferro, que ainda hoje é utilizada, também para fins turísticos. Tornou-se distrito em 1925 e município em 1953, desmembrando-se de São Bento do Sul. Teve impulsionado seu progresso e da região, com a maior fabrica de móveis da América latina da década de 20 á de 70, então extinta Móveis Cimo s/a.

sábado, 29 de agosto de 2009

Videira - SC - Brasil



A colonização de Videira iniciou-se em 1918, na então Vila do Rio das Pedras. Em 1921para atrair novos colonos, mudou o nome para Perdizes. A instalação oficial do município aconteceu em 1944 e o nome Videira deve-se ao fato de a região ser um grande centro vitivinicultor do Estado. Conta-se que já em 1913, antes mesmo da fixação dos primeiros colonizadores, foi colhido um cacho de uvas pesando 1,3kg. O
avanço dos primeiros parreirais deu origem a Primeira Festa da Uva em 1942. Desde então, o evento é o mais importante do calendário municipal. Videira também é o berço da Perdigão, empresa responsável pelo desenvolvimento da cidade bom como outras indústrias que a compõem como: Videplast, Fisher, Agrícola, Construtora Fetz entre outras.

Gaspar - SC - Brasil




A colonização da região onde hoje é o município de Gaspar iniciou-se com a chegada dos indios Xoclengues e Caingangues que buscavam um local seguro dos caçadores de índios, os chamados bugreiros. Esses índios foram exterminados durante os séculos XVII e XIX.
Durante esse período houve também a chegada dos novos colonizadores, os quais se instalaram na Região do Médio Vale do Itajaí, onde havia temor constante pelos ataques dos silvícolas. Existem registros de autores da época como Augusto Zitlow que confirmaram o financiamento por intermédio dos colonos das ditas caçadas de indígenas pelos bugreiros.
Os Vicentistas, homens oriundos da Capitania de São Vicente, que aportaram ás margens do Rio Itajaí em busca de ouro, índios e riquezas, quem os sucederam foram os açorianos. Segundo relatos, em torno de 4 mil açorianos aportaram no litoral catarinense com intuito de efetivar a posse da Coroa Portuguesa dessas terras que eram cobiçadas pelos espanhóis.
Com a chegada dos europeus a Gaspar, começava a se formar a base econômica e populacional da cidade. A colonização italiana, muito forte na cultura da cidade, foi propiciada pelo fato de que a Itália estava saturada de mão de obra e mesmo a Áustria, Suíça e Alemanha que sempre acolheram a mão de obra ociosa daquele país, estavam se tornando também saturadas. A solução então foi imigrar para Santa Catarina, a qual já era o destino de milhares de italianos.
Os “negreiros” que eram os agentes de imigração, vendiam uma imagem falsa do que era a América na Europa, sendo que a verdade era não só omitida, como também era deturpada. A vida nas colônias no Sul do Brasil era árdua e sofrida. Os italianos acharam a terra muito estranha e diferente de sua própria terra.
Com a chegada dos imigrantes alemães, tiroleses, poloneses e russos, iniciou-se de maneira ampla o cultivo também do feijão, milho, aipim, taiá, batata, abóbora, verduras e amendoim.
Anos mais tarde, em 1880, segundo conta a história, as freguesias de São Paulo Apóstolo de Blumenau e São Pedro Apóstolo de Gaspar (pertencentes até então ao município de Itajaí) passaram a formar um município, chamado Blumenau. Nessa data, o número de habitantes do então município, com 11 mil quilômetros quadrados, era de 16.308 pessoas. Havia três mil residências, 255 engenhos de açúcar, 152 engenhos de farinha de mandioca, seis descascadores de arroz, 29 moinhos de fubá, fábricas de louças de barro, tecidos, serrarias, olarias, cervejarias, vinho e vinagre, padarias, açougues, entre outros.
Durante os 54 anos que seguiram, Gaspar foi distrito de Blumenau e pagava tributos para Blumenau, esta devolvia os tributos na forma de serviços para a comunidade. Porém, segundo relatos da época, os serviços eram de má qualidade e deveras precário.
Em 1870 já havia sido estabelecido alguns lotes urbanos na área que hoje é conhecida como o centro do município. O comércio começou a impulsionar o crescimento do distrito, porém apenas em 18 de março de 1934 o município tornou emancipado e seu primeiro prefeito foi Leopoldo Schramm.

Gravatal - SC - Brasil



O povoamento de Gravatal, como o da maior parte das cidades do sul do Estado, se deve ao deslocamento de moradores da Colônia de Santo Antônio dos Anjos da Laguna – a atual Laguna, que no passado abrangia toda a Região Sul. Em 1842, João Martins de Souza, um dos fundadores de Gravatal, estabeleceu-se no local, fez grandes lavouras de mandioca e cana-de-açúcar, construiu dois engenhos e dois alambiques e abriu estradas. Entre 1880 e 1885, chegaram as primeiras famílias de imigrantes italianos e em 1910, os alemães. Apesar da influência dessas etnias, a tradição açoriana dos primeiros colonizadores ainda é forte na cidade, tanto na arquitetura quanto nos hábitos populares. Gravatal foi elevada a município em dezembro de 1961. Suas terras férteis garantiam o suporte econômico através da agricultura, substituída pelo turismo como mola-mestra da economia local a partir da descoberta das termas.

Braço do Norte - SC - Brasil




De um livro de atas para a criação do município de Braço do Norte, foram escritos os seguintes dados: "Servirá este livro para nele serem transcritas as atas das diretorias regionais de adesão - e bem assim do registro das atas da Comissão Central de Propaganda - do distrito de Braço do Norte - criado por lei municipal n.º 1.217 de 02 de outubro de 1888, e, instalado por lei municipal n. º 152 de 17 de maio de 1892." Vila de Braço do Norte, fevereiro de 1943, Bernardo Francisco Locks, Intendente Distrital.
Para iniciarem-se o trabalho de propaganda quer na sede do distrito de Braço do Norte, e bem assim nos demais distritos de Rio Fortuna e Grão-Pará, para conjugar interesses gerais na criação do Município denominação "Braço do Norte" (7 de fevereiro de 1943).
No dia 10 de fevereiro houve reunião em Rio Fortuna, presidida por Teodoro Rodolfo Heidemann, intendente distrital. Nela se constitui uma diretoria para propaganda da criação do município de Braço do Norte.
O mesmo fez-se em 11 de fevereiro em Grão-Pará, e no dia 15 em Anitápolis, presidida pelo Sr. Carlos Della Borba, zelador do Núcleo Colonial Anitápolis, do Ministério da Agricultura.
O movimento emancipador teve alento em virtude da resolução n.º118 de julho de 1942, do Conselho Nacional de Geografia, que baixou recomendação acerca da revisão "dos quadros municipais e distritais a processar-se em 1943" e publicada no Diário Oficial de 21 de janeiro de 1943. m 21 de fevereiro de 1943, houve a primeira assembléia geral. A ação devia ser rápida, pois, segundo o decreto lei de 1938, "A revisão do quadro territorial de cada unidade política da federação, para que se instalem em 1º de janeiro de 1944 a nova divisão administrativa do País, que inalteravelmente, vigorará durante o qüinqüênio: 1944-1948.”.
Longos discursos patrióticos, em odes desmesuradas ao ilustre presidente Getúlio Vargas e ao interventor federal Dr. Nereu Ramos, para justificar o movimento organizado, pois temia-se fosse mal interpretado. Era na ditadura, e era época de guerra! Região de colonização alemã! Os distritos de Braço do Norte, Grão-Pará, Rio Fortuna e Anitápolis, desmembrar-se-iam dos municípios de Tubarão, Orleans e Palhoça.
Enviou-se longo ofício aos membros da comissão de revisão territorial ao Estado de Santa Catarina.
Com muita poesia apresentavam os motivos: "Há mais de meio século, esta abençoada região, como fosse um templo lendário, onde a natureza resplandecia, numa exuberância sem par, o homem brasileiro entrou ali em postura de adoração, de cabeça descoberta a olhar para o infinito, despojado dos pequenos artifícios da civilização com o tronco nu e pés descalços, com sua alma a espelhar-se na cristalina água nascente, sem calendários e sem convenções, todos os dias, liam as horas do rei-astro.”.
É naquela época de expressão sertaneja, que a mão do homem arrancando da árvore os frutos para saciar a fome, dos rios os peixes, e com projétil sibilante fazia tombar a caça, na densa mataria, a golpe audacioso do machado abria as clareiras.

Brusque - SC - Brasil




A colonização oficial do Vale do Itajaí Mirim iniciou-se no período em que Francisco Carlos de Araújo Brusque ocupava a Presidência da Província de Santa Catarina. A 24 de julho de 1860, Brusque conduz os pioneiros - que colonizariam a região do atual Município de Brusque - de Nossa Senhora do Desterro (hoje Florianópolis) à barra do Rio Itajaí, na canhoneira Belmonte, da marinha imperial.
O diretor nomeado para a nova frente de colonização em terras catarinenses, barão Maximilian von Schneéburg, resolveu retribuir a atenção dispensada a ele e às famílias precursoras, denominando - o núcleo de colonização a ser instalado - de Colônia Brusque. O presidente se opôs a idéia, terminantemente. Apesar de não se constituir em denominação oficial, Schneéburg grafava o nome da Colônia como "Itajahy-Brusque" ou somente "Brusque".
Em 04 de agosto de 1860, o barão austríaco Maximilian von Schneéburg e os de 55 pioneiros alemães aportam no lugar Vicente Só (atual praça) e instalam a colônia Itajahy. As famílias vieram em pequenas embarcações, através do rio Itajaí-Mirim. A formação do tecido social multiétnico, é integrado também por ingleses (1867), poloneses (1869), italianos (1875), lusos e outras etnias. Pioneirismos como do berço da fiação e do futebol catarinense, da gênese dos Jogos Abertos, do voto eletrônico e da mais antiga Sociedade de Atiradores, o Schützenverein, em funcionamento no Brasil, marcam a trajetória histórica dos brusquenses.

Nova Veneza - SC - Brasil




Com mais de 95% da população de descentes italianos, Nova Veneza, a primeira Colônia oficialmente instalada no Brasil, em junho de 1891, é um pedaçinho da Itália em Santa Catarina. Os primeiros imigrantes italianos chegaram à Nova Veneza, trazidos pela empresa norte-americana Ângelo Fiorita & Cia. Miguel Napoli, italiano de Sicília, veio antes, em janeiro, e comandaram a abertura de estradas, a demarcação de terras e a construção de uma serraria para receber os colonizadores, num total de 400 famílias.
Entre os primeiros colonizadores destacaram-se Bortolomeu Dal Moro, Bortolotto Bortoluzzi, Alfredo Pessi e outros. Sendo que, o primeiro habitante a fixar residência foi Bortolomeu Dal Moro, no ano de 1888.Em outubro, chegaram mais de 500 famílias italianas, oriundas das regiões de Veneza e de Bérgamo, e fundaram a Colônia Nova Veneza. Os colonos construíram casas de pedras encontradas, mas região e as edificações em tão sólida que muitas estão de pé até os dias atuais. O topônimo do município se deve à origem dos colonizadores, oriundos das regiões de Veneza – Itália.

Pomerode - SC - Brasil





O nome Pomerode* está ligado a origem de seus fundadores, imigrantes vindos da Pomerânia (Pommernland), norte da Alemanha. O nome deriva da junção do radical Pommern e do verbo rodern, verbo alemão que significa tirar os tocos, tornar a terra apta para o cultivo.

O início da colonização de Pomerode remonta ao ano de 1861, quando os primeiros imigrantes, liderados pelo colonizador Hackharth, decidiram subir um afluente do Rio Itajaí-Açú, a partir da região onde hoje se localiza o bairro Badenfurt. Eram abertas picadas ao longo do curso do rio, que foi chamado Rio do Testo.

A colonização da área foi uma estratégia para fortalecer o comércio entre a Colônia de Dona Francisca, atual região de Joinville, e a Colônia de Blumenau, lote a qual as terras de Pomerode eram integradas. As divisões das Colônias eram definidas pela Campanha Colonizadora do Dr. Hermann Otto Blumenau, fundador da cidade de Blumenau.

Os primeiros imigrantes de Pomerode se estabeleceram ao longo do Rio do Testo pelo sistema de minifúndios (pequenas fazendas), onde eram cultivados arroz, fumo, batata, mandioca, cana de açúcar, milho e feijão. O colono também se dedicava à criação de gado leiteiro e suíno, cujas matrizes vieram da Europa.

As primeiras edificações eram rústicas construções de pau a pique, cobertas com folhas de palmeiras. Em 1870, a primeira escola alemã foi instalada no bairro Testo Central (atual Escola Básica Municipal Olavo Bilac).

Até a virada do século XX, Pomerode era uma colônia voltada apenas para agricultura e pecuária de subsistência, com pequenos pontos comerciais nas áreas centrais da colônia. Com a mudança de século, pequenas empresas familiares de laticínios, frios, móveis e cerâmica deram início à industrialização do município.

Anos mais tarde, a indústria da porcelana se tornou uma das mais importantes para a economia local. Hoje, a cidade é considerada um forte pólo têxtil e metal-mecânico.

Desmembrada de Blumenau em janeiro de 1959, Pomerode mantém até hoje o fascínio de uma pequena comunidade com a forte influência alemã em seus costumes.

Treze de Maio - SC - Brasil




O sul de Santa Catarina é muito conhecido pela grande leva de imigrantes europeus que por aqui aportaram, principalmente de alemães e italianos que, fugidos de uma Europa em crise, rumam para o que pensaram que era a terra prometida. Aqui chegando, os imigrantes foram recepcionados e obrigados a passar por várias situações que nunca dantes tinham sonhado. Os italianos, após desembarcarem em Florianópolis, rumavam para Laguna e por fim Azambuja, de onde se espalharam em diversos vilarejos. Um deles se tornaria mais adiante o município de Treze de Maio.

São Bento do Sul - SC - Brasil


Passeio de Maria Fumaça entre a serra
No século passado, a Cia. Colonizadora com sede em Hamburgo, mesmo não mais possuindo terras na região da, então, Colônia Dona Francisca (hoje Joinville), continuava a embarcar colonos para a região.

O número de alojados no rancho da Companhia aqui no Brasil aumentava sem que houvesse terras para eles. Em 1873, um pequeno grupo de homens subiu a Serra Geral a pé em direção ao planalto, com mantimentos e ferramentas no lombo de mulas. Após dois dias de caminhada, chegaram às margens do Riacho São Bento. Ali construíram o primeiro rancho e de lá partiram para abrir os primeiros caminhos na mata, sempre ao longo do riacho São Bento.

Os primeiros habitantes
Áustria, Bavária, Prússia, Polônia, Saxônia, Tchecoslováquia e mesmo o Brasil eram os países de origem dos primeiros habitantes. Enfrentaram uma realidade dura: mata virgem, floresta densa, povoada por inúmeros animais e pássaros. Foi preciso muita coragem e vontade de trabalhar para construir aqui uma réplica, ao menos parecida com a pátria que deixaram.

Trouxeram sua história, usos, lembranças, língua e saudade. Cultivavam os campos e a cultura expressada na música, literatura, no teatro. Um misto de lembrança e determinação de vencer compensava as imensas dificuldades.

A madeira, o futuro
São Bento do Sul descobriu na transformação da madeira sua vocação. No início a madeira da floresta moldou ranchos, cercas e vendas. Antes das indústrias vieram as serrarias, carpintarias, barricarias, tamancarias e marcenarias. As rodas d'água e tração animal moviam serras furadeiras e tupias.

Da imbuía, do pinheiro e da canela eram produzidos móveis, cabos de ferramentas, equipamentos para agricultura e carroças. Da iniciativa do pequeno agricultor em montar sua fábrica artesanal, São Bento do Sul começou a delinear seu futuro. Hoje, com 134 anos de fundação, o município é a Capital Nacional dos Móveis e se destaca nos setores cerâmico, plástico, metalúrgico, fiação e tecelagem.

Urussanga - SC - Brasil


Estação Ferroviária
Urussanga foi o maior núcleo colonial italiano do sul de Santa Catarina. Os imigrantes chegaram na localidade de Azambuja, município de Pedras Grandes em 1877. Em 1878, as primeiras famílias chegaram à colônia de Urussanga, fundado pelo Engº Agrimensor do Império, Joaquim Vieira Ferreira. Os colonizadores vieram do norte da Itália, mais especificamente do Vêneto, da Lombardia, Friuli Venezia Giulia e Trentino Alto Adige. Introduziram inicialmente a exploração da madeira, a cultura agropecuária de subesistência, a manufatura de instrumentos agrícolas e instalação de tecnologias e processamento dos cereais. Logo passaram a comercializar o excedente às comunidades açorianas e portuguesas instaladas anteriormente no litoral. Assim que adquiriram certo capital, aplicaram na transformação de alimentos, principalmente derivados da uva e do leite. Entretando, foi a extração do carvão mineral que regeu a economia urussanguense e mudou o perfil do colonizador. O município ainda preserva belas paisagens rurais com edificações e processos produtivos daquela época. Atualmente a economia de Urussanga é diversificada, destacando-se a indústria moveleira, derivados de plásticos, cerâmica, vitivinicultura, fruticultura entre outros..

Ibirama - SC - Brasil


A História de Ibirama teve início em fins de 1897, mais precisamente em 08 de Novembro, com a chegada da primeira leva de imigrantes alemães. A ocupação do território ficou a cargo da Sociedade Colonizadora Hanseática, uma das entidades criadas na Alemanha para supervisionar as imigrações para o Brasil. Uma expedição chefiada pelo Diretor da Sociedade, Alfred Sellin, fundou a sede da colônia, que recebeu o nome de Hamônia.

A emancipação da colônia é datada em 11 de Março de 1934. Seu nome foi trocado para Dalbérgia e em 1943 passou a ser chamada Ibirama, que em linguagem indígena quer dizer “terra da fartura”. Após cem anos Ibirama já passou por várias fases. Já teve a base de sua economia na extração vegetal e na agropecuária de subsistência. Considerada por muitos como a Suíça catarinense, atualmente a cidade trabalha para atrair novos investimentos.

Atualmente a cidade é conhecida por seu potencial turístico. Em Ibirama as belezas naturais são preservadas, vários esportes ecológicos são praticados, entre eles, e mais conhecido, o rafting (descida de corredeiras em botes infláveis), as caminhadas ecológicas, o rapel (descida de cachoeiras com auxílio de cordas).

Em 1997, Ibirama completou 100 anos, e para homenagear as pessoas que ajudaram a construir a cidade foi criado o Monumento do Centenário (foto abaixo). Nele stão esculpidas as figuras do Índio, do Imigrante Desbravador, do Agricultor e do Operário. A obra, localizada na entrada da cidade, foi criada pelo escultor ibiramaense Roland Rikli.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Camboriú - SC - Brasil

A colonização em Camboriú aconteceu na segunda década do século XIX, com Baltazar Pinto Corrêa, natural da cidade de lamego, Concelho de Viseu, norte de Portugal. Inicialmente ele veio para Porto Belo. Provavelmente chegou aqui em 1821. Ele requereu uma carta sesmaria para ocupar uma gleba de terra e iniciar um povoamento, que segundo o Historiador José Boiteux, seu contemporâneo, Baltazar deu o nome de Freguesia do Bom Sucesso.

Ele recebeu a carta de sesmaria no dia 26 de setembro de 1826, depois de passar longos anos embaraçada na cretina burocracia do Coroa no final do governo de D. João VI. Essa colonização iniciou no Canto Norte da Praia, conforme revela a carta de sesmaria, depois seguiu para a Localidade hoje conhecida como “Barra” onde foi criado o Município de Camboriú.

Outros vieram mais tarde, sempre atraídos pela fertilidade das terras. Destacamos o colonizador Alferes da Guarda Nacional, Tomaz Francisco Garcia, o primeiro a estabelecer-se com sua família e escravos, na atual cidade, a que, por longos anos, chamaram "Garcia", em homenagem ao seu fundador.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Água Doce - SC - Brasil


Parque Eólico
No ano de 1839, o território dos Campos de Palmas, assim chamado devido a grande quantidade de palmeiras que ali haviam, habitado por índios, foi conquistado e ocupado por membros das frentes de expansão Guarapuava/PR. Chefiada por José Ferreira dos Santos e Pedro Ciqueira Cortes, tendo como participantes José Caetano (Barão de Tibagy) e Antônio de Sá Camargo (Visconde de Guarapuava), personalidades que mais tarde, fizeram parte da história do Brasil.

As atividades econômicas desenvolvidas tiveram base na criação e comércio de gado, principalmente o bovino e extração da madeira.

As Terras que compreendem o município foram contestadas por Brasil e Argentina e pelos Estados de Santa Catarina e Paraná. Em 1916, passaram a pertencer a Joaçaba, tendo por denominação: Encruzilhada.

Por volta de 1943, torna-se distrito com o nome de Água Doce. O nome escolhido teve origem em um pequeno incidente, quando os moradores da vila dirigiam-se em tropas para Marcelino Ramos em busca de mantimentos. Numa dessas viagens, a mula do tropeiro João Líbia, trazendo açúcar, caiu no rio, perdendo toda sua carga e dando a denominação ao rio e ao município.

A partir da segunda década do século XX (a partir de 1923), começaram a migrar os primeiros colonizadores italianos em busca de novas terras, vindos na sua maioria da região nordeste do Rio Grande do Sul.

Com a divulgação destas terras, novos colonos seguiram o caminho dos primeiros contribuindo para o seu crescimento e desenvolvimento.

O aspecto geográfico, de uma região inexplorada que se encontrava coberta de mato, principalmente pinheiro, determinou a formação de uma vila para que as famílias permanecessem unidas.

Em 21 de junho de 1958 foi criado o município de Água Doce, sendo instalado no dia 25 de Julho do mesmo ano.

Timbó - SC - Brasil


Museu de Música



Timbó foi fundada por Frederico Donner, imigrante alemão, em 12 de outubro de 1869; data em que construiu sua moradia e a primeira casa comercial às margens do rio Benedito.

Logo chegaram outras famílias alemãs. Nos anos seguintes vieram também os imigrantes italianos, cujos descendentes atualmente correspondem à metade da população. As primeiras famílias se estabeleceram na região rural e a agricultura era basicamente de subsistência.

Algumas casas comerciais iniciaram suas atividades no centro. O início foi muito difícil para estas famílias, pois as condições de vida eram precárias. Foi necessário construir tudo: as casas, os campos para a lavoura, as estradas. As comunidades viviam bastante isoladas e, para fomentar sua vida social, começaram a erguer as igrejas, as escolas, os clubes e salões de festa.

Tijucas - SC - Brasil


Em 1530, Sebastião Caboto, navegador italiano a serviço dos espanhóis, chegou na enseada da costa catarinense. Às custas dos esforços desse herói, se deve a fundação de Tijucas.

Dando volta pelo litoral de Santa Catarina avisou o caudaloso Rio Tijucas.

Demos graças ao heroísmo e bravura deste navegador, por ter avistado este torrão adormecido, em meio às demais terras de Santa Catarina. Sebastião Caboto foi, sem dúvida, o descobridor de Tijucas e lhe deu o simpático nome de São Sebastião.

Até os nossos dias não se sabe o que levou o descobridor a dar tal nome. Dizem que ele quis deixar algo em sua memória, por ter corrido risco de vida para chegar à Tijucas.

Achou que pelo seu ato de bravura, deixasse algo que lembrasse seu heroísmo. Mas há controvérsias: dizem também que foi em homenagem a São Sebastião, de quem Caboto era devoto.

O que se sabe foi o que correu de boca em boca. Escritos para comprovar um ou outro fato não foram encontrados em nenhum baú, lugar destinado a preservar documentos de fatos ocorridos nos tempos antigos.

Em homenagem a um ou em memória de outro, o fato é que São Sebastião é até nossos dias o Padroeiro de Tijucas.

A primeira capela erguida teve o nome de São Sebastião com a sua imagem.

Com o passar dos tempos, foi observado na foz do Rio Tijucas e nos arredores, uma lama escura, que na língua dos indígenas quer dizer "Tiyuco".

As pessoas fluentes da época acharam ser um bom motivo para se trocar o nome para Tijuco. Isso gerou uma polêmica, uns achavam que sim, outros diziam que não.

Estudando, discutindo aprimoraram o nome para TIJUCAS.

Tijucas é uma verdadeira pátria, com lugar disponível para todos que a procuram para morar, estudar, trabalhar, passear ou conhecer. Esta mãe que Foi no passado território acolhedor para quem quisesse explorar, é no presente ninho de tranqüilidade para quem desejar se instalar nela. E será no futuro a terra progressista que esperamos.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

São Lourenço do Oeste - SC - Brasil



Casa Típica
A colonização de São Lourenço do Oeste começou em 1948. Os primeiros moradores vieram do Rio Grande do Sul, do Paraná e do litoral catarinense, atraídos pela promessa de fartura proveniente da agricultura e da pecuária. O primeiro nome da localidade foi Catanduva, devido à vegetação típica da região. Depois se chamou Bracatinga, nome de uma árvore abundante no lugar. Quando a paróquia de São Lourenço foi fundada, o nome do município passou a ser São Lourenço do Oeste, em homenagem ao santo. Suas terras foram desmembradas de Chapecó em 21 de junho de 1958.